Lula encerra agenda nos EUA com foco na democracia e metas da COP30

Presidente brasileiro lidera iniciativas na ONU e discute ações climáticas globais antes de retornar ao Brasil.

24/09/2025 às 10:40
Por: Redação

Defesa da democracia e metas da COP30 encerram agenda de Lula nos EUA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concluiu seus compromissos em Nova York nesta quarta-feira (24), após participar da abertura da 80ª Sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Na parte da manhã, na sede da ONU, Lula coordenou a 2ª edição do evento Em Defesa da Democracia e Contra o Extremismo, com lideranças de cerca de 30 países. Além do Brasil, lideraram a iniciativa os presidentes do Chile, Gabriel Boric, e da Espanha, Pedro Sánchez. O evento, que começou às 10h (horário local), buscou promover a cooperação internacional contra a deterioração das instituições, a desinformação, o discurso de ódio e a desigualdade social.

O primeiro encontro sobre a democracia ocorreu no Chile, em julho deste ano, com a participação dos presidentes do Brasil, da Espanha, Colômbia e do Uruguai. Na ocasião, foi publicada declaração conjunta dos países.

Crise climática e COP30

Outra prioridade da agenda de Lula em Nova York, foi o Evento Especial sobre Clima para Chefes de Estado e de Governo, copresidido pelo Brasil e pelo secretário-geral da ONU, António Guterres.

O encontro teve o objetivo de impulsionar a mobilização dos Estados-membros para a ação climática, incluindo a apresentação de novas contribuições nacionalmente determinadas (NDCs), rumo à COP30, que ocorrerá em novembro, em Belém.

As NDCs são os compromissos que cada país assume para reduzir a emissão de gases de efeito estufa que aquecem a Terra. No caso do Brasil, a meta é reduzir de 59% a 67% as emissões. Até o momento, cerca de 47 países apresentaram suas NDCs, segundo o Itamaraty. O evento em Nova York foi uma nova oportunidade para que as nações atualizem essas metas.

Em seu discurso na abertura da Assembleia Geral, Lula destacou a necessidade de trazer o combate à mudança do clima para o coração da ONU e propôs a criação de um conselho para monitoramento das ações climáticas globais.

Lula também lembrou a importância de todos os líderes partirem para a ação concreta sobre o aumento da temperatura do planeta, indo além da negociação, mas de forma justa e equilibrada entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento.

Lula ainda enfatizou o lançamento do mecanismo de conservação das florestas tropicais, proposto pelo Brasil como instrumento de enfrentamento à mudança do clima.

Encontro com Trump

Um dos pontos altos da viagem foi o breve encontro entre Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nos bastidores da Assembleia Geral. Em sua declaração pública, Trump revelou que pretende "se encontrar" com Lula na próxima semana e elogiou o brasileiro. Em seguida, o Palácio do Planalto confirmou a aproximação entre os líderes.

Segundo o Planalto, Lula e Trump conversaram rápida e amistosamente ao se encontrarem no edifício-sede ONU, na manhã desta terça-feira (23), onde participam da 80ª Assembleia Geral da entidade.

Ainda de acordo com o Planalto, a conversa foi proposta por Trump e imediatamente aceita por Lula. Agora, assessores dos dois presidentes devem tomar as providências necessárias, mas ainda não está certo se a futura conversa será presencial ou por telefone.

Entrevista coletiva

Após os compromissos desta quarta, ainda na sede da ONU, Lula concedeu entrevista coletiva para avaliar os resultados da viagem. Logo depois, seguiu para o aeroporto internacional John F. Kennedy, para embarcar de volta ao Brasil. O voo está programado para decolar às 18h de Nova York (19h no horário de Brasília). A previsão é chegar na madrugada de quinta-feira (25) a Brasília.

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